Olimpíadas na Globo é o nome genérico das transmissões da TV Globo para os Jogos Olímpicos de Verão e de inverno, englobando não apenas a transmissão do evento e de sua cobertura em si, mas também de bastidores e preparativos.
A transmissão dos Jogos Olímpicos na Globo se iniciou em 1972, com os Jogos Olímpicos de Munique. Exceto pelos Jogos de 2012, em Londres (estes transmitidos na TV aberta de forma exclusiva pela Record), a emissora passou todas as edições do evento.
Grandes momentos da história do esporte mundial foram transmitidos pela tela da Globo, como algumas das grandes conquistas olímpicas do esporte brasileiro.
Coberturas[]
Jogos olímpicos de Verão[]
A cobertura de Jogos Olímpicos pela TV brasileira começou em 1964, nos Jogos de Tóquio. Tupi e Record, no entanto, não transmitiam os jogos ao vivo, mas sim se baseavam em VTs enviados por agências internacionais (no caso da Tupi) ou por uma equipe própria (Record, que enviou ao Japão três jornalistas). Antes, em 1960, a TV Continental (extinta emissora carioca), havia exibido documentários com imagens das Olimpíadas daquele ano, disputados em Roma.
A situação se repetiria nos Jogos da 1968, na Cidade do México. A Tupi comprou VTs de provas da competição para serem exibidos pela emissora.
1972[]
Dois anos após o Brasil assistir à Copa do Mundo ao vivo pela primeira vez (do 'pool' do qual a Globo também fez parte), o país assistiria aos Jogos Olímpicos também ao vivo, com a transmissão exclusiva da emissora carioca da competição em Munique (ALE). Os direitos foram comprados pelo canal do Jardim Botânico junto à TV alemã
Segundo o Memória Globo, sete jornalistas fizeram parte da equipe que cobriu os jogos, dividindo base entre Munique, sede da competição e Madri (ESP). Nesta última, Léo Batista e Júlio de Lamare participavam da cobertura (Madri era onde a OTI, Organização das TVs Ibero-Americanas, produzia boletins diários sobre os eventos da Olimpíada e também era a sede do órgão que controlava as transmissões olímpicas de TV). Em Munique, três narradores (Luciano do Valle, Ciro José e Geraldo José de Almeida) eram os responsáveis por narrar e comentar as competições. Myriam de Lamare (produção) e Luiz Carlos Sá (parte administrativa) também fizeram parte da equipe.
O trio de narradores participou da narração das disputas do futebol (no qual o Brasil, contando com craques como Paulo Roberto Falcão, Dirceu e Roberto Dinamite, caiu na primeira fase como lanterna de sua chave) e do basquete (cuja final masculina, entre Estados Unidos x União Soviética, terminou com até hoje polêmica vitória dos soviéticos) dos Jogos. No futebol, 'Gera' era o encarregado de transmitir as partidas, assim como foi pelo 'pool' em 1970 e o seria dois anos depois pela Globo, sua última competição pela empresa.
No basquete uma transmissão marcante foi a da derrota de Brasil para Cuba (64x63), na qual o Brasil chegou a estar à frente por 25 pontos e tomou a virada (Luciano Do Valle narrou e Ciro José comentou a partida) Outras provas dos Jogos de Munique também tiveram transmissão ao vivo, mas a maioria das transmissões fora feita para os boletins apresentados durante a programação, especialmente à noite.
1976[]
Os direitos de transmissão das Olimpíadas de 1976, em Montréal (Canadá) foram adquiridos pela OTI (Organização das Telecomunicações Ibero-Americanas) e foram comercializadas com cinco emissoras brasileiras, a Globo sendo uma delas. As outras foram Bandeirantes, Tupi (em sua única Olimpíada 'ao vivo', pois já tinha passado imagens das Olimpíadas de 1968, na Cidade do México), Cultura e Record. A alta procura se deu por um fator: uma cláusula do contrato dizia que apenas as emissoras que exibirem, no mínimo, dez minutos diários de imagens dos Jogos de Montreal poderiam concorrer aos direitos da Copa do Mundo de 1978, na Argentina.
Antes dos Jogos, porém. a Globo sofreu um incêndio em sua sede no Rio de Janeiro e toda a base do Jornalismo foi transferida para São Paulo. Uma equipe nova fora contatada para trabalhar no evento, chefiada por Pedro Luiz Paoliello (então chefe dos Esportes da emissora e famoso locutor de rádio paulista). Duas equipes foram feitas, uma que se instalou em Montréal (com Pedro Luiz, o coordenador Leonardo Gryner, o narrador Luciano do Valle, o então repórter Juarez Soares e o cinegrafista Ricardo Straus). Outra equipe, chefiada por Luiz Carlos Sá, se localizou em Nova York, com Ciro José e Tércio de Lima (ambos narradores) como membros. Na retaguarda brasileira, Léo Batista era o narrador do time comandado por Teti Alfonso.
Antes das Olimpíadas, o Esporte Espetacular exibiu uma série de documentários temáticos da 20th Century Fox sobre os 'heróis' (e 'heroínas') dos Jogos até então. Foram oito filmes exibidos dentro do programa, cada um com um tema (como mulheres medalhistas de ouro, atletas africanos, australianos, russo e os que perderam chances de conquistar a medalha). Também dentro do programa foi exibida no dia 17 de julho a cerimônia de abertura, narrada por Ciro José.
Foram gastos US$ 53 mil com a compra dos direitos (através da Organização de Rádio e Televisão da Olimpíada) e o acordo permitiu que imagens geradas pela ABC (emissora dos Estados Unidos) e CTV (emissora canadense) fossem usadas na transmissão. Diariamente, após a novela Saramandaia (1976), um boletim de uma hora era exibido com os resultados, imagens e a participação dos atletas brasileiros. Nos finais de semana, eram exibidas até quatro horas de eventos ao vivo.
Transmissões ao vivo[]
A Globo foi uma da que focou em esportes que tinham alguma ligação com o Brasil, como o futebol. O torneio masculino de 1976, no qual a Seleção Brasileira perdeu na decisão do bronze para a União Soviética, teve seus jogos exibidos ao vivo, focando nas partidas brasileiras. A Seleção tinha atletas de renome na época e futuro, como Carlos, Rosemiro, Júnior, Edinho, Batista e Marinho e era treinada por Cláudio Coutinho, que viria a treinar o time adulto na Copa de 1978.
Para as transmissões ao vivo do final de semana, a emissora passou por um problema: como era a ABC a fornecer as imagens do satélite para a Globo, a emissora brasileira exibia eventos de destaque com os atletas dos EUA ao invés dos brasileiros. Outro problema era a mudança constante do sinal, trocando a imagem da modalidade e forçando a equipe de cobertura a improvisar enquanto procurava informações sobre a modalidade mostrada na tela.
Outras modalidades como basquete, boxe, ginástica, natação, atletismo e vôlei também fora exibidas. A decisão do vôlei masculino, entre URSS e Polônia, não foi exibida até o final. Por problemas de tempo com o satélite, a transmissão da decisão (que foi a partida de vôlei mais longa da história, com 4 horas e 36 minutos) foi interrompida antes do quinto set e a vitória polonesa só foi vista o dia seguinte.
No entanto, o grande momento da competição não fora registrado ao vivo pela Globo ou outras emissoras: a primeira nota dez 'perfeita' da história da ginástica artística, conseguida na fase de qualficação da prova das barras assimétricas pela romena Nadia Comaneci. A ginasta, então com 14 anos, se tornou o principal símbolo dos jogos canadenses ao conquistar três medalhas de ouro (prova individual geral, trave e barras assimétricas), uma prata (prova por equipes) e um bronze (solo), além de sete notas dez nas provas. Segundo relato de Juarez Soares (este feito ao Memória Globo), a coordenação geral da transmissão, no Rio, pedia-lhe insistentemente que entrevistasse Comaneci, mas a forte presença de seguranças na delegação da Romênia impediu que isto acontecesse.
1980[]
Assim como aconteceu em 1976, a OTI comercializou os direitos de transmissão das Olimpíadas de 1980, em Moscou (URSS). No entanto, o interesse das TVs brasileiras em exibir a competição se reduziu drasticamente com os rumores (e posterior confirmação) do boicote liderado pelos EUA e que envolveu ao todo 69 países (o Brasil não participou da ação) contra a invasão do Afeganistão pelos soviéticos em 1979.
Apesar da participação brasileira ter sido mantida, o interesse da grande parte das TVs brasileiras pelos Jogos não aumentou. Outros motivos como o fim da TV Tupi (que encerrou suas transmissões no mesmo ano devido à crise administrativa) e até mesmo um certo desinteresse pelo evento foram apontados, ainda que apenas quem exibisse as Olimpíadas poderia concorrer (de acordo com as regras da OTI) a transmitir a Copa do Mundo de 1982, na Espanha.
Desejosa de ter para si os direitos exclusivos da Copa, a Globo fez a aposta de exibir os Jogos de Moscou (juntamente com a Cultura e outras emissoras educativas) . Para isso, ambas gastaram cerca de Cr$ 100 milhões para adquirir os direitos de exibição do certame soviético e exibi-lo. Assim, a aposta acabou rendendo que a emissora carioca tivesse a exclusividade da Copa de 1982 (esta dividida também com a Cultura e outras emissoras estatais de caráter educacional). A atitude global acabou também incentivando, quatro anos depois, uma maior presença definitiva de outras TVs brasileiras nas Olimpíadas.
Transmissões e pessoal[]
A Globo escalou 22 pessoas para participar da transmissão das Olimpíadas de Moscou. Em sua última Olimpíada pela Globo, Luciano do Valle foi mais uma vez a grande atração dos narradores, ao lado de Fernando Vanucci (futuramente mais conhecido como apresentador) e Ciro José. Monika Leitão, Marcelo Matte e Roberto Feith foram os repórteres que trabalharam no evento, além de J. Hawilla (este também acumulando funções) e Léo Batista na apresentação, Armando Nogueira dirigiu a cobertura coordenada por Leonardo Gryner e Teti Alfonso.
Antes do evento, foram exibidos durante a programação os programetes do 'Momento Olímpico', exibidos principalmente à noite. Nestes, detalhes sobre as provas e histórias sobre personagens de renome em Olimpíadas anteriores eram mostrados. Houve um treinamento especial da equipe que iria à então capital da União Soviética para lidar com como seria a transmissão no país, ainda sob o governo comunista. A TV da URSS seria quem faria a cessão das imagens a serem usadas pela Globo para transmitir as competições, com alguns senões: um 'delay' de segundos entre o que era lançado via satélite e o que chegava ao Brasil e diversos problemas com a censura, que cortava na central de transmissão o que não queria que viesse na transmissão para o Brasil.
1984[]
1988[]
1992[]
1996[]
2000[]
2004[]
2008[]
2012[]
Pela primeira vez em muitos anos, a Globo não exibiu os jogos olímpicos, realizados em Londres, pois seus direitos foram adquiridos pela Record
2016[]
Os jogos realizados no Brasil no mês de agosto, retornaram à Globo, que montou um estúdio para a transmissão de seus jornalísticos e esportivos diretamente do parque olímpico, e também houve transmissão no Sportv que teve 16 canais para cobrir a competição.
2020 (2021)[]
Será realizada entre os dias 23 de julho à 8 de agosto em Tóquio, no Japão. Este ano por causa da pandemia, a equipe foi reduzida e o SporTV abrirá apenas um canal extra, ao invés de seis como havia sido previsto anteriormente. As transmissões se darão entre 22h30 até as 11h00 no período, cancelando a linha de shows pós novela, programas da madrugada como Conversa com Bial, Corujão, Globo Repórter, entre outros. Já os telejornais Hora Um, Bom Dia Brasil e Bom Dia Praça serão exibidos entre os intervalos das competições, com as últimas notícias do evento, além da cobertura dos fatos atuais.
Jogos olímpicos de inverno[]
Embora os jogos sejam realizados desde 1924 e a primeira transmissão para a TV aberta tenha ocorrido em 1992, a Globo só realizou sua primeira cobertura em 2014
2022[]
A Globo fará a cobertura dos jogos enviando 12 profissionais para Beijing. Serão mais de 70 horas de transmissões sob comando de Everaldo marques e Daniel Pereira.
Características[]
Cobertura Jornalística[]
A cobertura é iniciada dois anos antes da cerimonia de abertura, quando a equipe se estabelece no país sede dos jogos olímpicos, levando as últimas informações sobre o evento.
Impacto na programação[]
Devido a extensa cobertura, a programação é bastante afetada pela cobertura dos eventos dos jogos olímpicos. Dependendo do evento, a programação pode sofrer alterações de última hora. Em algumas ocasiões, a programação pode ser interrompida a qualquer momento para a transmissão de um evento, como a participação de um atleta brasileiro ou final de alguma modalidade.
Impacto na programação esportiva[]
Durante a cobertura dos Jogos olímpicos, narradores, comentaristas e repórteres são convocados para a cobertura dos eventos e isso afeta a cobertura de eventos como futebol, MMA, Boxe e automobilismo. Nesses casos são convocados para cobrir esses eventos narradores de algumas afiliadas e alguns freelancers.
Patrocinadores[]
Olimpíadas 88
- 15/09/1988: Mesbla, Bliss, Consul, Banco do Brasil
Olimpíadas 92
- (Pré-Olímpico de Futebol): Sadia, Perfex, Banco do Brasil e Coca-Cola
Olimpíadas 2004
- 17/08/2004: Bradesco, Visa, Nestlé, Kaiser e Ford Fiesta
Olimpíadas 2008/Olimpíadas de Pequim/Pequim 2008
- Meados de 2008: Fluviral (a persistirem os sintomas, o médico deverá ser consultado.), Samsung, Peugeot 206 Moonlight, Olympikus, Bradesco e Ninho Fases
- 07/08/2008: Samsung, Peugeot, Olympikus OLK, Bradesco, Ninho Fases e Doril (este medicamento é contra-indicado em suspeita de dengue. / a persistirem os sintomas, o médico deverá ser consultado.)
- 15/08/2008: Olympikus, Bradesco, Ninho 1+, Apracur (a persistirem os sintomas, o médico deverá ser consultado.), Samsung e Peugeot 207
Rio 2016 na Globo
- 04/03/2015 (Principal): Novo Bravo, Bradesco, P&G: Gillette Mach3, Coca-Cola, Baton e Claro 4GMax
- 05/08/2015 (Principal): Novo Uno, Bradesco, P&G: Ampola Pantene, Coca-Cola, Nestlé: Nescau Prontinho e Claro 4GMax
- 31/12/2015 (Principal Alternativa): Nestlé Ninho, Claro, Fiat: Nova Linha Adventure Extreme, Bradesco, P&G: Gillette Venus Breeze e Coca-Cola
- 23/04/2016 (Principal): Fiat Mobi, Bradesco, P&G: Oral-B, Coca-Cola, Nestlé: Nescafé Dolce Gusto e Claro
- 21/12/2016 (Principal): Coca-Cola, Nestlé: Nescafé Dolce Gusto, Claro, Fiat Uno, Bradesco e P&G: Gillette
Tóquio 2020 na Globo/Jogos Olímpicos de Tóquio na Globo
- 28/03/2020 (Aviso de Adiamento): Claro, Bradesco e Fiat
- 27/04/2021 (Principal): Bradesco